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Redução de lixo: entenda os impactos do acúmulo de descartáveis e o que fazer

A invenção dos materiais descartáveis foi uma verdadeira revolução no nosso consumo, devido à facilidade de se utilizar itens novos sem a necessidade de higienizá-los depois. O que parecia uma vantagem, porém, se mostrou um problema para o meio ambiente.

Isso porque o descarte desses itens gera consequências graves, principalmente pelo alto volume de resíduos gerados por dia e o longo tempo que eles levam para se decompor no meio ambiente. Um problema que, hoje, já não é mais possível ignorar.

Então, para que você entenda os reais impactos disso e o que deve ser feito para solucioná-los, vou mostrar como se dá o impacto destes materiais e formas de tornar seu dia a dia mais sustentável. Continue lendo para conferir!

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Quantos descartáveis usamos por dia?

Você tem dimensão de quantos tipos de materiais descartáveis nós utilizamos em nosso dia a dia? Fiz uma lista com alguns deles, apenas para ilustrar:

  • cotonetes;
  • copos descartáveis;
  • garrafas plásticas;
  • papéis toalha;
  • pratos descartáveis;
  • talheres descartáveis;
  • canudos;
  • sacos de lixo;
  • guardanapos;
  • papéis higiênicos;
  • absorventes íntimos;
  • potes e cumbucas descartáveis de plástico, entre outros.

O uso cotidiano e constante de cada um desses itens, no final de um ano, gera uma quantidade bem significativa de resíduos. Só no Brasil, por exemplo, são gerados 11 milhões de toneladas por ano — o que faz no país o 4º maior produtor de lixo plástico do mundo.

Quais são os impactos do uso de cada descartável?

Mesmo com a vida útil de minutos, os descartáveis demoram centenas de anos para se decompor.

Infelizmente, entender as quantidades de lixo geradas não é o suficiente para ter a dimensão real da situação. Isso porque o impacto gerado se faz, principalmente, a longo prazo, com consequências que se estenderão por dezenas de gerações.

Quer ver? Vamos a lista de decomposição da maioria dos materiais que são utilizados industrialmente, segundo o Manual de Educação – Consumo Sustentável, do Ministério do Meio Ambiente:

  • material orgânico: de 2 a 6 semanas;
  • papel: 3 a 6 meses;
  • filtro de cigarro: mais de 5 anos;
  • náilon: mais de 20 anos;
  • metal: mais de 100 anos;
  • alumínio: mais de 200 anos;
  • plástico: mais de 400 anos;
  • vidro: mais de 1000 anos;
  • borracha: indeterminado.

Pense, por exemplo, naquela garrafinha de água que você comprou para se hidratar antes de ir para o trabalho. Parece um resíduo inofensivo, não é mesmo? Porém, ainda que você a reutilize algumas vezes durante o dia antes do descarte, enchendo-a no bebedouro do escritório, ela ainda gerará impactos significativos.

Os descartáveis geram uma série de problemas para o meio ambiente, devido aos seus componentes, altamente tóxicos para o meio ambiente. Por exemplo, a liberação de bisfenol A (também conhecido como BPA) pode ser absorvido pelo corpo e pode gerar problemas como obesidade, diabetes tipo 2, infertilidade e, até mesmo, alguns tipos de câncer.

Após ser comprovado que o BPA traz danos à saúde, passou a ser proibido na formulação de mamadeiras desde 2012 no Brasil. Em outros tipos de materiais, seus níveis aceitáveis foram limitados.

Os descartáveis, também, podem gerar um problema ainda mais sério: a formação de microplásticos. Eles são aqueles formados por menos de 5mm de extensão e, atualmente, é a maior parte das partículas plásticas encontradas nos oceanos. Eles se formam a partir da degradação de itens, como copos plásticos, que vão liberando pedaços menores no meio ambiente.

Com isso, aumenta-se, inclusive, a aglomeração de plásticos flutuantes nos oceanos, altamente prejudicial para a fauna local, gerando mortes significativas de espécies, bem como contaminando a água desses locais.

Segundo a ONU, de 60% a 80% de todo o lixo no mar é plástico.

Ainda podemos acrescentar, nos problemas, a toxicidade direta dos poluentes, ou seja, quando temos contato direto com materiais pesados, como chumbo, cádmio e mercúrio. São metais altamente tóxicos e que podem gerar problemas como câncer, defeitos congênitos, problemas de desenvolvimento em crianças, entre outros. A contaminação pode ocorrer pelo descarte incorreto de materiais com esse tipo de substância em mares, locais com lençóis freáticos e rios, por exemplo.

Quais são as opções para minimizar os impactos desse acúmulo de descartáveis?

Se cada pessoa assumir a responsabilidade pelo seu consumo de descartáveis e fizer algo a respeito dessa redução de lixo, já teremos mudanças significativas nesses números. Algumas medidas que podem ser tomadas são:

Enfim, como vimos, a redução de lixo é uma necessidade urgente para que possamos garantir recursos naturais para as próximas gerações. Sem isso, teremos sérios problemas a curto e longo prazos, prejudicando a fauna e a flora do planeta. Então, reflita e faça as contas: quantos canudos e copos você utiliza por semana? Pensar nisso fará ter dimensão do seu papel nesse assunto!

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Gostou da leitura? Se quiser mais dicas importantes para minimizar os seus impactos ao meio ambiente, aproveite para nos seguir no Facebook e no Instagram e acompanhe nossas próximas publicações!

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